MINISTÉRIO DO TURISMO APRESENTA:
Publicação e documentário trazem à tona memórias, afetos e receitas culinárias de quem deixou sua terra natal para viver em Curitiba, capital do Paraná.
De Lá Pra Cá é um projeto que acolhe a diferença. Por meio da publicação de um livro com lembranças e receitas culinárias de dez pessoas, vindas de oito países diferentes para Curitiba, promove o reconhecimento daquilo que nos distingue e do que nos une. Afinal, todos temos algo a contar.
Ao organizar esta pequena coleção de histórias na forma de textos, fotografias e comidas afetivas, o projeto tem o objetivo de despertar a sensibilidade para os fluxos migratórios contemporâneos, que compreendem as mais diferentes motivações para uma pessoa deixar sua pátria, inclusive a busca por refúgio.
Além do livro, distribuído gratuitamente, o projeto contempla um vídeo documentário. Imagens e entrevistas convidam a conhecer essas pessoas e suas vozes, e contam um pedacinho de suas trajetórias, desejos, sonhos, encantos e desencantos.
Leia o livro
na íntegra aqui
(em breve)
O livro De Lá Pra Cá foi construído a muitas mãos. A equipe partiu de uma pesquisa preliminar, que levantou nomes e trajetórias de diversos imigrantes residentes em Curitiba. Com 10 nomes selecionados, teve início a etapa de entrevistas para o livro e o videodocumentário, com a intenção de conhecer melhor as jornadas dos protagonistas e de contar suas histórias e receitas culinárias guardadas na memória.
A bagagem que um imigrante traz consigo se relaciona, entre tantos aspectos, com sua origem e com as condições de sua partida da terra natal. Há algo, no entanto, que é compartilhado. Todo aquele que migra carrega em si fragmentos de lugares, sabores, relações sociais e familiares, enfim, tudo aquilo que lhe era conhecido até o momento em que se despediu de casa. Ao chegar, precisa criar raízes em terra estrangeira, fazer do lugar do outro, lugar seu; construir novas memórias.
Boa leitura!
Cada um que aporta em nossas terras, para aqui ficar, está em busca de um lugar melhor para viver. Cabe a nós conhecer essas histórias para valorizar e acolher seus protagonistas. A divulgação dessas narrativas, por meio das ações do projeto De Lá Pra Cá, busca contribuir para a descoberta das diversas nuances que fazem parte da diversidade brasileira, propondo um percurso sensível e afetivo de exploração da interculturalidade.
veja o documentário clicando aqui.Benin, Colômbia, Equador, Haiti, Japão,
República Democrática do Congo, Síria,
Venezuela:
sabores da interculturalidade
Receita de morada certa. Nem toda a Alepo prepara esse prato. O Bairro Antigo Assírio, que recebeu muitas pessoas da Turquia em conflitos de quase um século atrás, oferece o kibe bi tahine, feito com triguilho e tahine, como uma forma de reverenciar as vovós turcas, suas receitas e seu desejo de voltar para casa.
Ingredientes
2 copos* de trigo para quibe
1 copo de água quente
½ copo de tahine
2 colheres de sopa de azeite de oliva
2 cebolas picadinhas
2 colheres de sopa de extrato de tomate
1 maço de salsinha limpo e bem seco
Sal a gosto
Páprica picante ou doce a gosto
Cebolinha a gosto
*O copo usado como medida pode ser o de requeijão.
Modo de preparo
1. Em uma vasilha, misture o trigo com a água quente. Tampe e reserve por pelo menos meia hora.
2. Em uma panela, coloque o azeite de oliva e doure uma cebola picadinha, sem deixar escurecer. Acrescente o extrato de tomate, a páprica e o sal. Mexa um pouco e coloque cerca de meio copo de água. Quando levantar fervura, desligue.
3. Misture o molho de tomate com o trigo umedecido que estava descansando. Amasse bem com as mãos por pelo menos cinco minutos.
4. Acrescente o tahine e volte a amassar o quibe. Nessa etapa, a massa fica muito grudenta, então umedeça as mãos e amasse, umedecendo novamente sempre que necessário para conseguir trabalhar a massa e deixá-la macia. Se o quibe estiver seco, adicione água aos poucos e vá amassando até que ele fique úmido e macio.
5. Quando a massa estiver no ponto certo, finalize acrescentando a salsinha e a cebolinha bem picadinhas.
6. Acomode a massa em um lindo prato. Umedeça suas mãos e passe-as por cima do quibe para que fique com brilho.
7. Se gostar, coloque mais azeite de oliva ao servir. Fica muito gostoso com salada e picles.
Se tentarmos traduzir nabemono mizutaki para o português, teremos algo como “coisa cozida na panela com água”. Tudo na panela, é colocar no fogo e compartilhar as histórias à mesa.
Ingredientes
Para o caldo
500 g de frango caipira cortado à passarinho
4 l de água
1 colher de chá de sal
1 colher de sopa de molho de soja – shoyu
30 cm de alga kombu hidratada em água fresca por 30 minutos
1 cebola cortada em rodelas grossas
1 cenoura cortada em rodelas grossas
½ nabo pequeno cortado em rodelas grossas
4 dentes de alho
1 pedaço médio de gengibre (cerca de 5x2 cm) cortado em rodelas médias
Talos de 6 cogumelos shiitake partidos ao meio (as cabeças serão usadas no cozido)
2 talos de cebolinha verde
*O caldo não fica salgado; tem sabor muito suave e o tempero é dado pelo molho ponzu, preparado por cada um, em sua cumbuca, na hora de servir.
Para o molho ponzu
100 ml de suco de limão-taiti
2 colheres de sopa de shoyu
2 talos de cebolinha verde em rodelas
Para o cozido
Frango, nabo, cebola e cenoura pré-cozidos no caldo
2 folhas de acelga cortada em tiras grossas
4 folhas de rúcula ou agrião cortadas grosseiramente
200 g de tofu cortado em retângulos grandes (cerca de 2x5 cm)
1 talo de cebolinha verde picado grosseiramente
200 g de macarrão de arroz ou de feijão (opcional)
6 cabeças de cogumelo shiitake
200 g de cogumelo shimeji branco ou preto
4 folhas de alga nori cortada em tiras com cerca de 2x5 cm
Modo de preparo
Molho ponzu
Os ingredientes do molho ficam à mesa e, ao se servir, cada um prepara antes o ponzu na própria cumbuca, misturando todos os ingredientes na proporção que desejar.
Caldo
1. Lave bem o frango a passarinho. Reserve. Em uma panela grande, adicione cerca de 2 litros de água e coloque para ferver.
2. Quando a água estiver fervente, adicione o frango. Remova-o da água assim que a carne estiver esbranquiçada. Reserve o frango e descarte a água do cozimento.
3. Também em uma panela grande (pode ser a mesma usada para escaldar o frango), adicione os outros 2 litros de água. Coloque o frango reservado e, em seguida, os demais ingredientes. Leve ao fogo alto.
4. Quando atingir fervura, diminua a chama para fogo baixo. Retire a cebola, a cenoura e o nabo e reserve para o preparo do cozido. Tampe parcialmente a panela e, caso se forme espuma, remova-a de tempos em tempos.
5. Esse caldo deve cozinhar por cerca de 1h30 ou até que o líquido se reduza pela metade.
6. Quando o caldo estiver reduzido, desligue o fogo e remova com uma peneira os ingredientes restantes na panela. Reserve o frango e a alga kombu para usar no cozido.
Cozido
1. Em uma panela de servir à mesa (de preferência de barro ou de ferro), forre o fundo, ao centro, com a alga kombu. Do centro para as laterais, distribua generosamente as folhas de acelga, fazendo uma cama para os demais ingredientes.
2. Disponha os outros ingredientes de forma que a panela fique “colorida”. Faça camadas em linhas semicirculares de alturas diferentes, sendo as de trás colocadas de modo a ficarem mais altas e as da frente, mais baixas. Distribua de maneira cuidadosa, deixando o macarrão, se for usar, por último e colocando-o nos espaços entre os demais ingredientes.
3. Coloque o caldo na preparação de modo a quase cobrir os ingredientes.
4. Tampe a panela e cozinhe tudo por mais 10 minutos.
5. Sirva com molho ponzu. Faça o molho em sua própria cumbuca. Acrescente pimenta em pó, se gostar, e sirva-se do cozido.
Cartagena das Índias, na Colômbia, recebe muita gente todos os dias. E por lá toda casa, quase todo dia, tem arroz de coco. No dia a dia é branquinho e de sabor mais suave. Mas nos dias de festa ele veste “nova roupa”, põe-se de dourado e ganha sabor ainda mais marcante. Esse é o titoté (pronúncia: titotê).
Ingredientes
1 coco seco grande sem a casca dura, mas com a casca marrom que envolve a parte branca
Água quente o suficiente para molhar o coco quando estiver ralado
1 xícara de chá de leite de coco concentrado (a primeira xícara de água quente passada na peneira com o coco ralado dará esse leite)
4 ½ xícaras de chá de leite de coco (depois de retirar a primeira xícara de leite, mais concentrado, passe outras 4 ½ xícaras de água no coco para obter esse leite)
3 colheres de sopa cheias de açúcar mascavo
2 xícaras de chá de arroz
1 colher de sobremesa, rasa, de sal
Modo de fazer
1. Rale o coco no ralador fino (deve dar aproximadamente 4 xícaras). Coloque o coco ralado em uma vasilha e despeje sobre ele cerca de 1 ½ xícara de água bem quente; deixe a mistura repousar até que amorne e não queime as mãos. Passe a mistura por uma peneira e pressione com as mãos para tirar o primeiro leite, mais concentrado. Aperte bem o coco na peneira, para tirar o máximo de leite. Reserve o leite e coloque o coco novamente na vasilha.
2. Cubra o coco com cerca de 4 ½ xícaras de água bem quente e deixe repousar até amornar. Passe a mistura pela peneira e pressione com as mãos para tirar o leite. Caso necessário, repita o processo. Reserve também esse leite menos concentrado.
3. Em uma panela, leve ao fogo médio o leite de coco concentrado. Quando o leite ferver e começar a reduzir, diminua o fogo para brando e acrescente o açúcar mascavo. Mexa bem. Em fogo baixo, deixe evaporar toda a água, ficando apenas a gordura do coco e o caramelo do açúcar. Quando estiver caramelizado, o titoté está pronto.
4. Nessa mesma panela, coloque o arroz para fritar no titoté e se impregnar do seu sabor. Enquanto isso, aqueça em fogo baixo o leite de coco mais ralo com o coco ralado para que, quando forem misturados no arroz, estejam quentes e não interrompam a cocção.
5. Devagar, preferencialmente usando mangas longas como proteção e com muito cuidado (pois a panela de arroz com titoté tem óleo de coco quente), vá colocando aos poucos o leite de coco até cobrir a mistura. Tempere com o sal e deixe cozinhar com a panela aberta. O sabor deve ficar como o de um caramelo salgado, sem que nenhum gosto se sobreponha aos demais.
6. Quando o arroz estiver quase seco, abaixe mais o fogo e cubra a panela com a tampa ou com papel alumínio, para terminar o cozimento (cerca de 3 minutos). Revise constantemente para que não grude no fundo e queime. Verifique o ponto e sirva.
*Para preparar o arroz de coco mais simples, servido no cotidiano das casas em Cartagena das Índias, apenas elimine a etapa de preparação do titoté. Faça o leite de coco com 4 ½ xícaras de chá de água quente passadas no coco ralado. Aqueça o leite de coco com o coco ralado e o sal em fogo médio. Quando levantar fervura, abaixe o fogo, que deve ficar brando, e coloque o arroz. Mexa bem e deixe cozinhar com a panela aberta. Finalize como a etapa 6 o arroz titoté e sirva com os acompanhamentos de sua preferência.
Um prato substancioso que ajuda o corpo a se manter firme. Esse peixe ensopado com muitos temperos conta, com seu preparo e ingredientes, sobre Guaiaquil e sobre o Equador.
Ingredientes
500 g de albacora ou atum em posta
700 g de aipim picado em cubos
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de chá de ají peruano ou páprica doce*
1 pitada de cominho em pó
3 l de água
6 talos de coentro com as folhas
1 cebola picada grosseiramente
1 pimentão verde picado grosseiramente
3 dentes de alho inteiros
Sal a gosto
* Ají é uma espécie de pimenta. Caso você não queira uma comida picante, opte pela páprica doce.
Para decoração do prato
1 cebola roxa picada em tiras finas
Coentro bem picadinho a gosto
Modo de preparo
1. Em uma panela, coloque a água, os talos de coentro, a cebola, o pimentão e o alho e leve para ferver. Depois que levantar fervura, deixe em fogo baixo por cerca de 15 minutos. Reserve as folhas de coentro e deixe em recipiente separado. Você as usará para a decoração do prato, no ponto 5.
2. Peneire os legumes, descarte-os e use esse caldo de legumes para cozinhar o aipim, que deve estar descascado, lavado e picado.
3. Quando o aipim estiver cozido, mas ainda firme, retire e reserve. Coloque na mesma água o peixe e cozinhe por cerca de 15 minutos ou até que a carne se separe com facilidade. Essa é a hora de estar atento à panela: se tiver dúvida, tire um pedacinho do peixe a cada dois minutos. O cozimento excessivo pode endurecer as postas.
4. Tire o peixe do caldo, mantendo o líquido na panela em fogo brando. Desfie grosseiramente o peixe e reserve. Retorne o aipim para a panela e continue o cozimento até que comece a se desmanchar. Acrescente o cominho, o ají peruano (ou a páprica doce) e o sal.
5. Para servir: em um prato fundo, coloque um pouco de aipim, o peixe desfiado e o líquido do cozimento. Finalize decorando com as cebolas roxas em tiras fininhas e o coentro picadinho, regando tudo com o azeite.
*Algumas pessoas gostam de bater o aipim com o caldo no liquidificador, formando um purê.
** Para acompanhar o encebollado, em Guaiaquil usa-se como guarnição milho torrado, banana-da-terra frita, arroz e pão francês. Ao gosto de cada um, dá para colocar todas essas opções ou apenas algumas. Em certas regiões do Equador também se usa como acompanhamento a pipoca salgada.
Para muita gente aqui no Brasil, polenta com molho de tomate e quiabo é comida que faz lembrar de casa, de comida de mãe ou de vó. E não é que lá no Benim também? Aliás, quiabo é ingrediente que atravessou o oceano Atlântico de lá pra cá. E, por lá, diferentemente daqui, quanto mais baba tem, melhor.
Ingredientes
Para a polenta
1 ½ xícara de chá de fubá a ser reservada
3 xícaras de chá de fubá umedecidos em 1 ¼ de xícara de água
3 l de água para cozimento
Sal a gosto
Opcional: três colheres de manteiga para deixar a polenta mais cremosa.
*Dica: a polenta rende muitas porções. Caso esteja cozinhando para poucas pessoas, reduza a receita usando metade das quantidades de fubá e de água.
Para o molho de tomate
500 g de tomate
500 g de posta de tilápia
3 dentes de alho
2 a 3 colheres de sopa de óleo de dendê ou de soja
Gengibre a gosto
Pimenta do reino a gosto
Sal a gosto
Para o quiabo
200 g de quiabo
¾ de xícara de chá de água
1 pitada de bicarbonato de sódio
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto
Modo de preparo
Polenta
1. Leve ao fogo uma panela com a água e o sal.
2. Em uma tigela, umedeça as 3 xícaras de fubá com a água e reserve.
3. Quando iniciar a fervura da água na panela, acrescente o fubá umedecido, mexendo sem parar para não empelotar. Deixe cozinhar por mais ou menos 20 minutos.
4. Acrescente à panela a outra xícara de fubá reservada, mexendo sem parar.
5. Deixe a polenta cozinhar por mais 10 minutos em fogo baixo. Quando estiver pronta, despeje em um refratário e reserve. Caso opte por adicionar a manteiga, faça isso com o fogo desligado e a polenta ainda bem quente.
Molho de tomate
1. Bata o tomate, o alho, o gengibre, o sal e a pimenta no liquidificador por cerca de 5 minutos.
2. Despeje a mistura em uma panela e cozinhe por mais ou menos 30 minutos.
3. Adicione o óleo de dendê ou de soja e o peixe, cozinhando por mais 10 minutos. Reserve.
* Se desejar, adicione extrato de tomate a gosto na etapa 2.
Quiabo
1. Lave bem os quiabos e corte-os em rodelas bem finas.
2. Coloque as rodelas em uma panela e acrescente a água e o bicarbonato de sódio para soltar a baba — a mistura fica com bastante baba.
3. Adicione o sal e a pimenta e deixe cozinhar por cerca de 10 minutos.
4. Para servir, coloque o molho de tomate sobre a polenta no refratário e distribua o quiabo por cima do molho.
* Dica: caso prefira o quiabo sem baba, lave e seque individualmente cada cápsula antes de cortá-la em finas fatias e, na hora de cozinhar, não coloque o bicarbonato de sódio. Ao fim do cozimento, você pode temperá-lo com um toque de limão.
Para fazer boas hallacas, o ideal é ter a família reunida, cada um com sua tarefa e muita conversa para “colocar em dia”. É assim que o prato chega à mesa a tempo da ceia. É assim também que a memória familiar se renova e que a tradição natalina se atualiza na Venezuela.
Ingredientes (cerca de 20 unidades)
Massa
300 g de farinha de milho em flocos passada no liquidificador para ficar fininha
1 l de caldo de carne em ponto de fervura
Sal a gosto
Uma pitada de açúcar
Guisado
300 g de acém picadinho na ponta da faca
300 g de pernil picadinho na ponta da faca
300 g de toucinho picadinho na ponta da faca
300 g de peito de frango picadinho na ponta da faca (opcional)
3 colheres de sopa de óleo com urucum (compre sementes de urucum e coloque-as em um vidro com o óleo de sua preferência, deixando descansar tampado por cerca de uma semana antes de usar)
3 colheres de sopa de azeite de oliva
1 pimentão verde picado miúdo
4 dentes de alho picados miúdos
2 cebolas médias picadas miúdas
½ de xícara de chá de pimenta biquinho picadinha
1 xícara de chá de passas
¼ xícara de chá de alcaparras
1 ½ xícara de chá de azeitonas picadas
1 xícara de chá de cebolinha picada
1 xícara de chá de vinho tinto seco
1 ¼ xícara de chá de rapadura ralada
5 folhas de louro
1 colher de sopa de molho inglês
1 colher de chá de pimenta-do-reino
Orégano a gosto
Sal a gosto
1 pequena bola de massa para espessar o guisado.
Para decorar
Batata cozidas na água com sal e cortadas em rodelas (opcional)
Ovos cozidos e cortados em rodelas (opcional)
Cebola cortada em tiras finas
Pimentões amarelo, verde e vermelho cortados em tiras finas
Azeitonas inteiras
Alcaparras
Passas
Para embrulhar as hallacas
Folhas de bananeira limpas, secas, passadas pelo fogo e cortadas
Pedaços de barbante
Óleo com urucum
* As folhas de bananeira podem ser compradas já preparadas em lojas de produtos venezuelanos. Caso não as encontre, você pode prepará-las. Como são muito compridas, corte com uma faca no sentido da largura, para ter pedaços de menor comprimento (no máximo 50 cm cada). Passe cada pedaço de folha pela chama do fogão — o contato com o fogo dever ser pelo lado onde fica o talo, à distância, de modo que haja contato direto entre a folha e o fogo, mas sem queimar. As folhas ficarão como um plástico maleável e não se quebrarão quando enrolarem as hallacas. Depois de passar as folhas ao fogo, corte no sentido do comprimento, para separar o talo, ficando com retângulos grandes que serão usados para embrulhar as hallacas. Modo de preparo
Massa
1. Coloque a farinha triturada em uma bacia, faça um buraco no meio e coloque o caldo, o sal e o açúcar. Vá mexendo com uma colher até que a temperatura fique boa o suficiente para amassar com as mãos. A massa não deve ficar muito seca nem muito molhada. Ela deve ficar com uma consistência um pouco mais macia do que uma massa de coxinha. Deixe descansar enquanto prepara o guisado, para que a farinha absorva bem a água.
2. Faça bolinhas de massa na medida aproximada de 1 ½ colher de sopa cheia.
Guisado
1. Limpe e pique as carnes.
2. Na noite anterior ao preparo, coloque as carnes para marinar, separadamente. Cada carne deve ser marinada com sal, molho inglês, louro, orégano, pimenta e alho. Na carne de porco, colocar também ¼ da xícara de passas.
3. Para começar o guisado, coloque ¼ da xícara de passas junto ao vinho e deixe descansando enquanto prepara as carnes. Leve uma panela grande ao fogo alto, coloque o óleo e o urucum e deixe esquentar. Refogue nesse óleo a cebola e o alho e coloque a carne de boi. Depois de cerca de 10 minutos, acrescente o toucinho e o frango (opcional), juntamente com o pimentão. Deixe no fogo por mais ou menos 15 minutos. Durante todo o preparo do guisado, vá acrescentando água aos pouquinhos, para não queimar.
4. Coloque a carne de porco e deixe cozinhar por cerca de 30 minutos em fogo médio-alto.
5. Com as carnes cozidas, vá colocando aos poucos o vinho, as passas curtidas nele e a rapadura ralada, até que o sabor agridoce atinja o ponto desejado. Acrescente as passas restantes, a pimenta biquinho, a cebolinha, a azeitona, as alcaparras e o orégano. Abaixe o fogo para médio e deixe por mais 30 minutos, sempre colocando um pouco de água se necessário, mas sem deixar que o guisado se transforme num caldo.
6. Dissolva 1 colher de sopa bem cheia de massa em ½ copo de água e coloque no guisado, para espessar. Deixe no fogo baixo por mais 10 minutos.
*É importante que o guisado não fique com caldo, para que não haja vazamento quando as hallacas forem montadas.
Montagem
1. Pegue os retângulos de folha de bananeira e coloque-os sobre uma mesa para a montagem.
2. Unte cada retângulo com o óleo com urucum, usando um pincel ou as próprias mãos.
3. Coloque uma bola de massa em cima de cada folha. Molhe levemente as mãos e vá amassando a bolinha, espalhando-a na folha de bananeira, de modo que ela fique como uma tortilha — uma massa fina. Deixe bordas de cerca de dois dedos em todos os lados.
4. Coloque uma concha rasa com o guisado no centro da massa aberta.
5. Enfeite com os ingredientes selecionados para a decoração.
6. Una as laterais da folha de bananeira; faça o mesmo com a parte de cima e de baixo de modo que forme um bolinho retangular, fechado. Amarre com um barbante, para que não se abra.
7. Cozinhe as hallacas fechadas em uma panela com água fervente e sal por 25 a 30 minutos. Retire da água, escorra e sirva quente.
*Depois de prontas, as hallacas podem ser congeladas. Para o consumo posterior, basta descongelar e levar novamente à água fervente por cerca de 5 minutos, ou ao micro-ondas.
Conhecida como “arroz com lentilhas” por aqui, na Síria a mjjadarah é feita comumente com o trigo grosso no lugar do arroz. É uma receita simples que conta com muitas variações de tempero por todo o Oriente Médio.
Ingredientes
1½ xícara de chá de lentilha
1½ xícara de chá de trigo grosso lavado e escorrido
3 colheres de sopa de azeite de oliva para refogar o trigo
2 dentes de alho amassados com um pouco de sal
1 colher de chá de pimenta síria
3 cebolas
7 xícaras de chá de água
3 xícaras de chá de óleo para fritar as cebolas (caso opte por fritá-las em imersão) ou 3 colheres de sopa de azeite, sal a gosto e uma colher de chá de açúcar refinado para refogar e caramelizar as cebolas
Modo de preparo
1. Lave a lentilha e coloque em uma panela para cozinhar com as 7 xícaras de água. Nessa etapa inicial, a lentilha não deve ser cozida ao ponto de servir: antes de estar macia, você realizará a etapa 2. Enquanto isso, em outra panela ou frigideira larga, frite o alho com o azeite de oliva e, em seguida, adicione o trigo. Refogue em fogo médio, mexendo bem até que a mistura esteja bem cozida e dourada.
2. Quando a lentilha ainda estiver um pouco dura, mas começando a amaciar, adicione o trigo refogado, a pimenta síria e o sal e deixe cozinhar até que os grãos fiquem al dente, ou seja, macios mas com textura firme. Se necessário, acrescente água aos poucos até atingir o ponto desejado.
3. Separadamente, pique as cebolas em rodelas e frite-as, em pequenas quantidades de cada vez, nas 3 xícaras de óleo, até ficarem douradas. A fritura em imersão deixa a cebola crocante, como se fosse batata palha. Caso opte pela versão caramelizada, refogue as rodelas de cebola em fogo médio até que estejam macias e cozidas. Adicione o sal e em seguida o açúcar. Deixe cozinhar em fogo médio até que fiquem com uma cor dourada escura.
4. Depois que o trigo com a lentilha estiver cozido, coloque-o em uma travessa e cubra com a cebola. Sirva quente.
*No Brasil encontra-se trigo grosso em lojas de cereais. No entanto, por aqui a receita também pode ser adaptada usando-se o arroz no lugar do trigo.
Soupe au giraumon ou soup joumou é receita-emblema. Diz-se que no Haiti, à época da colonização francesa, era prato proibido às pessoas escravizadas e aos camponeses. Assim, desde o Dia da Independência, seu consumo por todos é uma mensagem de liberdade.
500 g de carne bovina cortada em cubos (qualquer corte bom para cozimento, como acém ou músculo)
Suco de 1 limão
250 g de bacon cortado em cubos
1 kg de abóbora cabotiá, descascada e cortada em cubos grandes
2 batatas grandes, descascadas e cortadas em cubos
2 talos de aipo picados
1 nabo pequeno cortado em cubos
1 cebola cortada em rodelas
2 cenouras cortadas em rodelas
1 alho-poró fatiado
Repolho a gosto, picado grosseiramente
150 g de macarrão tipo rigatone ou espaguete
4 xícaras de chá de caldo de carne
2 cravos
Sal e pimenta caiena a gosto
Alho, cebola, salsinha, tomilho, pimenta preta, cebolinha e sal a gosto, para marinar a carne
1. Molhe bem a carne com o suco de limão, coloque em uma peneira e lave com água. Seque a carne com toalhas de papel. Tempere com os ingredientes para marinar e deixe por pelo menos 1 hora (quanto maior o tempo da marinada, melhor o sabor na sopa).
2. Em uma panela grande, coloque um pouco de óleo e doure a carne e o bacon. Tampe e deixe "suar" por cerca de 20 minutos em fogo baixo.
3. Em outra panela, coloque os cubos de abóbora, cubra com água e leve para ferver.
4. Quando a abóbora estiver cozida, bata no liquidificador.
5. Junte a carne e o bacon ao purê de abóbora. Se a sopa parecer muito espessa, acrescente mais água aos poucos, até o ponto desejado.
6. Adicione nessa mistura a batata, o aipo, o nabo, a cebola, as cenouras e o alho-poró e cubra tudo com o caldo de carne.
7. Cozinhe por cerca de 20 minutos, até os vegetais ficarem macios, em fogo médio.
8. Acrescente então o repolho, o macarrão, o sal, a pimenta caiena e o cravo e cozinhe por mais 5 a 10 minutos. Verifique e acerte o tempero. Agora é só servir!
Arepas são servidas cotidianamente na Venezuela. Seja no café da manhã, almoço ou lanche, elas têm presença garantida. O recheio que ficou conhecido por todo país como reina pepiada (algo como "rainha voluptuosa") foi uma criação dos irmãos Álvarez e sua mãe, em homenagem à venezuelana Susana Dujim, que em 1955 foi a primeira miss mundo da América Latina.
Ingredientes
Para as arepas
2 xícaras de chá de farinha de milho em flocos
½ colher de chá de sal
Água morna o quanto baste
Óleo ou azeite de oliva para grelhar
Para o recheio
1 peito de frango
½ xícara de chá de maionese
¼ de xícara de chá de coentro picadinho (opcional)
½ abacate maduro amassado
½ cebola cortada em cubinhos
1 colher de chá de mostarda
Sal e pimenta do reino a gosto
Modo de preparo
Arepas
1. Triture a farinha no liquidificador, coloque-a em uma vasilha e misture com o sal.
2. Jogue a água morna aos poucos sobre a farinha e vá misturando até obter uma massa bem macia, mas não muito mole, que possa ser modelada com as mãos.
3. Com a massa, faça bolas de um tamanho que caiba na palma das mãos (cerca de 1 ½ colher de sopa). Para que a massa não grude, tenha por perto uma tigela com água e molhe levemente as mãos quando for modelar.
4. Quando todas as bolas estiverem prontas, pegue uma a uma e vá achatando, dando tapinhas e passando de uma mão à outra para abrir as arepas. Elas devem ficar redondas e com uma espessura de pouco menos de 1 cm.
5. Grelhe os discos em uma frigideira antiaderente com um fio de azeite de oliva ou óleo por 2 a 3 minutos, até que fiquem bem douradinhos; vire e deixe o mesmo tempo, para que doure do outro lado também.
6. Depois de prontas, corte ao meio no sentido horizontal (como se fosse abrir um pão francês) e coloque o recheio.
Recheio
1. Cozinhe o peito de frango, temperando-o a gosto.
2. Desfie o frango ou corte em pedaços pequenos, como preferir.
3. Coloque o frango em uma tigela grande e tempere com o sal e a pimenta.
4. Em uma outra tigela, misture a maionese com o coentro, a cebola, o abacate e a mostarda. Junte essa mistura ao frango desfiado ou picado. Mexa bem e deixe descansar na geladeira por pelo menos 15 minutos antes de rechear as arepas. Sirva a seguir.
Frango com fufu é um frango bem temperado, servido com uma massa de fubá cuja receita se espalhou por toda a África — cada país dando seu toque especial no preparo.
Ingredientes
Frango
1 frango caipira inteiro, cortado em pedaços
2 cebolas grandes picadas em cubos
4 tomates maduros picados em cubos
5 colheres de sopa de óleo para refogar o frango e a cebola
Água o quanto baste para cozinhar o frango
Sal a gosto
Cebolinha picada miúda a gosto
Manjericão fresco ou desidratado a gosto
Alecrim fresco ou desidratado a gosto
2 a 3 cravos da índia
Pimenta do reino moída a gosto
Gengibre em pó ou ralado a gosto
Fufu
2 copos americanos de fubá amarelo
2 l de água
Modo de preparo
Frango
1. Leve uma panela ao fogo com 4 colheres de sopa de óleo e coloque para refogar os pedaços do frango em fogo médio. Deixe por cerca de 10 minutos e aumente o fogo, para dourar. Acrescente o sal e os temperos, exceto a cebolinha.
2. Baixe novamente o fogo e tampe a panela, deixando por cerca de 5 minutos, sem acréscimo de água.
3. Abra a panela, coloque água o suficiente para cobrir o frango e deixe cozinhar. O frango caipira tem a carne mais dura e por isso é necessário maior tempo de cozimento. À medida que a água for secando, vá adicionando mais, aos poucos, até que fique bem cozido. Isso vai demorar cerca de 45 minutos. Faça o teste com o garfo para checar a maciez.
4. Em outra panela, coloque 1 colher de sopa de óleo, em fogo médio, e refogue a cebola. Quando estiver dourada, acrescente o tomate e um pouco de água apenas para amaciar o tomate. Junte esse refogado ao frango já cozido, deixando no fogo por mais 10 minutos para apurar o sabor. Acrescente a cebolinha picada e misture.
Fufu
1. Coloque 1,5 l de água em uma panela grande e leve ao fogo para ferver.
2. Quando a água estiver fervendo, dissolva o fubá na água que não foi usada para a fervura (500 ml) e junte à água fervendo.
3. Mexa sem parar durante cerca de 5 minutos. Tampe parcialmente a panela para permitir a saída do vapor e deixe o fubá cozinhar por volta de 40 minutos. A cada 5 ou 10 minutos, destampe a panela e mexa com cuidado, pois a mistura faz bolhas que estouram durante o mexer.
4. Quando a massa estiver consistente e começar a soltar do fundo da panela, o fufu está pronto.
5. Para servir, faça uma "cama" de fufu no prato e, por cima, coloque pedaços de frango, cobrindo-os com o próprio molho.
Receita de morada certa. Nem toda a Alepo prepara esse prato. O Bairro Antigo Assírio, que recebeu muitas pessoas da Turquia em conflitos de quase um século atrás, oferece o kibe bi tahine, feito com triguilho e tahine, como uma forma de reverenciar as vovós turcas, suas receitas e seu desejo de voltar para casa.
Ingredientes
2 copos* de trigo para quibe
1 copo de água quente
½ copo de tahine
2 colheres de sopa de azeite de oliva
2 cebolas picadinhas
2 colheres de sopa de extrato de tomate
1 maço de salsinha limpo e bem seco
Sal a gosto
Páprica picante ou doce a gosto
Cebolinha a gosto
*O copo usado como medida pode ser o de requeijão.
Modo de preparo
1. Em uma vasilha, misture o trigo com a água quente. Tampe e reserve por pelo menos meia hora.
2. Em uma panela, coloque o azeite de oliva e doure uma cebola picadinha, sem deixar escurecer. Acrescente o extrato de tomate, a páprica e o sal. Mexa um pouco e coloque cerca de meio copo de água. Quando levantar fervura, desligue.
3. Misture o molho de tomate com o trigo umedecido que estava descansando. Amasse bem com as mãos por pelo menos cinco minutos.
4. Acrescente o tahine e volte a amassar o quibe. Nessa etapa, a massa fica muito grudenta, então umedeça as mãos e amasse, umedecendo novamente sempre que necessário para conseguir trabalhar a massa e deixá-la macia. Se o quibe estiver seco, adicione água aos poucos e vá amassando até que ele fique úmido e macio.
5. Quando a massa estiver no ponto certo, finalize acrescentando a salsinha e a cebolinha bem picadinhas.
6. Acomode a massa em um lindo prato. Umedeça suas mãos e passe-as por cima do quibe para que fique com brilho.
7. Se gostar, coloque mais azeite de oliva ao servir. Fica muito gostoso com salada e picles.
Alepo, Síria
Osaka, Japão
Cartagena das Índias, Colômbia
Guaiaquil, Equador
Porto Novo, Benim
Valle de la Pascua, Venezuela
Alepo, Síria
Porto da Paz, Haiti
Maracaibo, Venezuela
Kinshasa, República Democrática do Congo
O Hospital Pequeno Príncipe, localizado em Curitiba (PR), há mais de 100 anos transforma a vida de crianças e adolescentes de todo país. Instituição filantrópica, com 70% da sua capacidade de atendimento destinada ao SUS, destaca-se pelo cuidado integral, com excelência técnica e atendimento humanizado.
É referência em 32 especialidades, entre elas oncologia, ortopedia, cardiologia e doenças raras, e procedimentos de alta complexidade, como transplantes. Precursor de políticas públicas, foi pioneiro na inclusão da família no ambiente hospitalar em tempo integral e em reconhecer educação e cultura como direitos fundamentais das crianças e adolescentes hospitalizados. Além disso, é um tradicional centro formador de pediatras no Brasil.
Para saber mais, Clique aqui!
CGC-CSA Consultoria e Assessoria
Elza Forte da Silva Carneiro
Isadora Hofstaetter
Luciana Patrícia de Morais
Carla Irusta
Ricardo Perini
Adriana Tulio Baggio
Coelho Produções
Jarina Filmes
Fabíola Oliveira Weber
Isadora Hofstaetter
Luciana Patrícia de Morais
Elisa Cordeiro
Shana Lima
Tania Campos
Amanda Lopes
Ricardo Affonso